Rota do Rosário evidencia vocação para Turismo Religioso

A Rota do Rosário demonstra que o Norte Pioneiro tem vocação para o turismo religioso. O professor Maurício de Aquino, da Uenp (Universidade Estadual do Norte do Paraná), aponta que esse circuito “não é artificial”. “É a organização de uma valorização já existente desses santuários”, aponta. Onze municípios compõem esse percurso: Jacarezinho, Ribeirão Claro, Bandeirantes, Ribeirão do Pinhal, Santo Antônio da Platina, Siqueira Campos, Ibaiti, Tomazina, Arapoti e Jaguariaíva. Piraí do Sul, que fica nos Campos Gerais, também integra o circuito. Esses municípios possuem 12 santuários e vários outros atrativos turísticos religiosos (ver infográfico).

Projeto da Diocese de Jacarezinho, a Rota do Rosário é coordenada pelo padre Celso Miqueli, pároco na Paróquia São João Batista, de Arapoti. “Acho a Rota do Rosário muito envolvente e ao mesmo tempo exigente. É possível fazer muita coisa, mas tudo isso exige dedicação. Fico abduzido por tudo isso aí”, declara.
Segundo o padre, o envolvimento das pessoas desses municípios pode tornar possível provocar mudanças locais. “É preciso achar pessoas apaixonadas e dedicadas a produzir seus serviços e produtos em cada um desses municípios. Disso depende a criação da identidade da região, que antes era conhecida como ‘Ramal da Fome’. A gente acredita que o turismo pode favorecer o desenvolvimento da região e a tendência é que a experiência no setor da gastronomia e do artesanato torne tudo melhor. Todo mundo cabe nesse trabalho, a família pode se envolver, não agride o ambiente. É o encontro da promoção da fé e da paz. É uma experiência muito rica”, destaca.

O religioso relembra que a ideia de criar a rota começou quando d. Fernando José Penteado foi abençoar pessoas no Morro do Gavião e ao fundo havia pessoas saltando de parapente. Uma consultora do Sebrae Desenvolvimento viu a foto com a paisagem e identificou o potencial.

Outros municípios estão se integrando à Rota do Rosário. Em Ibaiti, foi inaugurado um santuário, às margens da BR-153, com infraestrutura para recepcionar os peregrinos que visitam a gruta dedicada à Nossa Senhora. Projeto prevê que o espaço ganhe um prédio com capacidade para 6.000 pessoas, com praça de alimentação, banheiros, estacionamento e lojas.

Em Joaquim Távora, está prevista a construção de um monumento com 15 metros de altura e mais 3,8 metros de base no formato de crucifixo, em uma área a dois quilômetros do centro da cidade. O objetivo é transformar o local em área de peregrinação para que futuramente tenha um santuário dedicado ao Santíssimo Nome de Jesus.

Fonte/folhadelondrina.com.br

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