Uma região com prainhas de água doce, baías, ilhas fluviais, cachoeiras e matas, abrangendo dez municípios do interior e apelidada de “Angra Doce” paulista, foi reconhecida como de interesse turístico pela Secretaria de Turismo do Estado. A área fica no entorno da Represa de Chavantes, no Rio Paranapanema, e inclui também cinco municípios paranaenses. Os governos dos dois Estados assinaram um termo de cooperação para desenvolver o turismo na região.
O nome se deve à semelhança com a região de Angra dos Reis, no litoral fluminense, um dos mais badalados destinos turísticos do país. O lago de 9,4 bilhões de m3 de água doce é formado pela barragem da Usina Hidrelétrica de Chavantes, a três quilômetros da foz do Rio Itararé, e seu reservatório ocupa cerca de 400 km2.
A região é marcada por belas paisagens e atrativos naturais, como os cânions de Barão de Antonina; o Morro do Mirante, em Fartura; a Cachoeira do Arco Íris e a Garganta do Diabo, em Piraju, e a Cachoeira do Palmital, em Timburi. Há ainda atrações culturais e históricas, como a Abadia de Nossa Senhora da Santa Cruz, dos monges da Ordem de São Bento, em Itaporanga, e a Casa dos Ingleses, em Ourinhos.
Outras cidades do roteiro, como as paulistas Chavantes, Ipaussu, Bernardino de Campos e Canitar, além das paranaenses Ribeirão Claro, Carlópolis, Salto do Itararé, Siqueira Campos e Jacarezinho, estão em áreas com paisagens naturais, fazendas históricas e sítios arqueológicos relevantes.
Atualmente, a região já é procurada por turistas para a prática de canoagem, rafting, trekking, voo livre, paraglider, esportes náuticos e pesca. Em Piraju, um trecho do Rio Paranapanema é usado pela Seleção Brasileira de Canoagem em treinamentos para grandes competições internacionais, como as Olimpíadas.
O prefeito de Itaporanga, Vilson Rodrigues Cacheta, acredita que o reconhecimento do ‘Angra Doce’ ajudará a inclusão da cidade no programa Município de Interesse Turístico, do governo paulista.
Fonte/José Tomazela/sao-paulo.estadao.com.br